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Conteúdos Cientificos

Atividade Ectópica Supraventricular

Dr. José Luís B. Cassiolato

A avaliação de arritmias e correlação clínico-eletrocardiográfica assume um aspecto de fundamental importância na clínica cardiológica. O Holter ( eletrocardiográfica dinâmica ) é um método não-invasivo bastante utilizado nesta avaliação. Veremos aqui critérios para a avaliação das extrassístoles atriais.

A observação de extrassístoles atriais é relativamente freqüente na prática clínica observada após a 4ª década, principalmente.

CRITÉRIOS ELETROCARDIOGRÁFICOS PARA IDENTIFICAÇÃO AO HOLTER

  • Ondas P prematuras ( P’) com intervalo P’R maior que 120 milissegundos.
  • Morfologia de P’ ligeiramente diferente da onda P sinusal ( raramente semelhante).
  • Período de Acoplamento ( P-P’) constante.
  • Pausa pós-extrassistólica incompleta.

 As extrassístoles atriais na sua grande maioria conduzem normalmente pelo sistema de condução, configurando complexos “QRS” de morfologia semelhante ao Ritmo Sinusal Basal. Quando as extrassístoles atriais encontram os ventrículos em período refratário, elas podem ser bloqueadas (ausência de QRS). O diagnóstico, muitas vezes, é feito pela modificação de uma onda “T”, seguida por pausa. Em outras ocasiões o impulso prematuro de origem atrial chega aos ventrículos encontrando os ramos do feixe de Hiss em estados diferentes de refratariedade, definindo Condução Aberrante. A morfologia de Bloqueio de Ramo Direito é a mais freqüentemente observada. Outras vezes, várias morfologias de onda “P” sugerem a presença de muitos focos de origem (Ritmo pré-fibrilatório).

CAUSAS DE EXTRASSISTOLES ATRIAIS (Dr. Dalmo Moreira, 1995)

A presença de extrassístoles atriais pode não acarretar sintomas. Na correlação clínica feita com Holter, os sintomas mais freqüentes são: “palpitações”, “falhas no pulso”, “batedeira”, “pontadas”, batida forte na garganta e no peito.

Devemos salientar que na análise de Holter a observação é realizada em 3 canais, com alterações morfológicas de “P”, não guardando os critérios observados em todos os casos do ECG. A extrassístole atrial é, portanto, melhor definida como extrassístole supraventricular, e a morfologia de “P” (positiva, negativa ou ausente) deve ser descrita ou analisada sem preocupações em definições específicas. As suas manifestações podem ser isoladas, geminadas (bi-tri-quadri), em salvas de 2 e 3 e em episódios de taquicardia atrial não sustentada, quando acima de 4 batimentos consecutivos. Lembre-se também que a análise da atividade supraventricular (onda P) não é definida com “Software” específico. A sua observação é realizada levando-se em conta critérios de prematuridade da relação R-R. Em outras revisões, definiremos os critérios de atividade complexa (Taquiarrítmicas) e critérios de prematuridade.

A seguir, alguns dos exemplos mencionados acima:

Sobre o autor

Flavia Torretta


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